quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A questão multicultural

As expressões “multicultural” e “multiculturalismo” vêm sendo usadas universalmente, porém sua disseminação não esclarece seu significado. Segundo o teórico cultural Stuart Hall, o termo qualificativo “multicultural” conceitua sociedades constituídas de diversas comunidades culturais onde cada grupo carrega em si um pouco de sua raiz; já o substantivo “multiculturalismo” diz respeito as políticas criadas para administrar e governar as sociedades multiculturais.

Todos sabem (...) que o multiculturalismo não é terra prometida... [Entretanto] mesmo na sua forma mais cínica e pragmática, há algo no multiculturalismo que vale a pena continuar buscando (...) precisamos encontrar formas de manifestar publicamente a importância da diversidade cultural, [e] de integrar as contribuições das pessoas de cor ao tecido da sociedade. (Wallace, 1994)

domingo, 23 de agosto de 2009

Arte: um pouco sobre o mercado

Existem muitos motivos que levam uma pessoa a adquirir uma obra de arte. Os investidores procuram algo que possa ser valorizado no futuro e que traga retorno financeiro; outros optam por adquirir algo que seja símbolo de status e existem aqueles que adquirem uma obra de arte simplesmente porque se afeiçoaram a obra.

Quem costuma transitar por estas vias são os artistas produtores de arte, os agentes distribuidores mais conhecidos como marchands, os consumidores privados (colecionadores, empresas com coleções de arte próprias, institutos culturais), os consumidores públicos (museus, centros culturais, órgãos públicos com coleções de arte ou ainda responsáveis por espaços públicos que encomendam obras de arte para dispô-las nesses locais) e as distribuidoras (galerias, casas de leilão, feiras de arte, ateliês).

O gosto do público brasileiro consumidor de arte vem mudando, ele passou a partir da década de 40 a se interessar mais pelos artistas nacionais que pelos internacionais. A partir dos anos 2000 as artes visuais, principalmente a fotografia, vêm se destacando pela influencia de anos de televisão, do cinema e agora o computador que aumenta a nossa informação e, por conseguinte a nossa compreensão das imagens. Os estilos que mais despertam interesse de compra segundo pesquisa da São Rafael Previdência variam entre o ingênuo, o acadêmico-impressionista, o moderno e a vanguarda.

Nos últimos anos, o mercado da arte andava bem financeiramente, mas a crise na economia mundial tem afetado também os negócios da arte. Feiras e leilões internacionais movimentaram em 2008, metade dos valores de 2007. O Brasil ainda não mensurou os resultados da crise, existem somente especulações sobre o comportamento cauteloso de consumidores e oportunidade para novos artistas, mais baratos que podem servir como investimento financeiro, assim como apostas em negócios como o da fotografia.

Muito se especula sobre artistas brasileiros fazendo carreira no exterior, segundo Ana Letícia Fialho no artigo “Mercado das artes: global e desigual”, a realidade não é exatamente esta. São poucos os artistas brasileiros com visibilidade e negócios fora do Brasil, cerca de vinte tem trabalhos em galerias internacionais. O que parece existir é uma estratégia para valorização de obras e artistas nacionais dentro do país, através da participação mesmo que ínfima, no mercado internacional de artes.

O centro nervoso de comercialização de arte no Brasil é a cidade de São Paulo, onde as galerias se transformaram nos últimos anos em reduto da arte visual contemporânea brasileira, entretanto o ambiente asséptico e os altos preços se instalaram na aura de grande parte das galerias, fato que afugenta público apreciador de arte. Em sua maioria, as galerias optam por artistas conhecidos e seguros, se recusam até mesmo a conhecer o trabalho de novos artistas, sem imaginar ou levar em consideração que essas preferências podem cansar os clientes que buscam trabalhos novos e mais acessíveis.

Hoje o comércio de arte se caracteriza por ser um mercado de autores, não de obra; por isso as qualidades inerentes e simbólicas dos artistas, com o tempo são reconhecidas e passam a agregar valor econômico ao que é produzido por ele, resta saber, quanto tempo leva esse processo e se o artista conseguirá desfrutar em vida do dinheiro gerado pela sua criação.

Foto: Márcio Ramos

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Batatas Assadas no Alecrim

Todas as receitas que posto aqui, saboreio antes.

Descasque 500 g de batatas e corte em cubos de 1 cm. Coloque-as numa assadeira antiaderente, regue com 60 ml de azeite, salpique com sal e pimenta do reino e misture 2 colheres de sopa de raminhos de alecrim fresco. Leve ao forno aquecido a 220º C durante 45 minutos, virando freqüentemente até as batatas tostarem. Serve 4 pessoas.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Sopa rápida de lentilhas

Frite uma cebola picada em óleo até ficar macia. Depois junte 250 g de lentilhas, 400 g de tomate batido no liquidificador com um pouco de água e 1 litro de caldo de legumes ( fiz o caldo com 2 tabletes). Deixe ferver, reduza o fogo e cozinhe por 20 minutos. Depois acrescente mangericão picado e sirva. Serve 4 pessoas.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

A luz da Vaga Lume


A Associação Vaga Lume é uma entidade sem fins lucrativos do Terceiro Setor constituída na forma de OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. Promove há oito anos a ampliação cultural e educacional nas zonas rurais da Amazônia Legal Brasileira e colabora com a troca de experiências entre essas populações e as demais regiões do país.

Para contribuir com a educação e a cultura das crianças da Amazônia, a Associação Vaga Lume implanta bibliotecas comunitárias nas zonas rurais da Amazônia Legal. Com o modelo de implantação que envolve estrutura-capacitação-gestão a comunidade passa a administrar e a cuidar das bibliotecas que passam a fazer parte de seu patrimônio e tornam-se fonte de conhecimento para a preservação ambiental.

Segundo estudo publicado em 2004 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com outras entidades, existem no Brasil aproximadamente 300 mil organizações não governamentais atuantes nas mais diversas causas. Na Amazônia, estariam cerca de 100 mil dedicadas diretamente à causa ambiental e aos direitos indígenas. A Vaga Lume se diferencia, pois vai buscar na educação e na cultura, saídas para a preservação da floresta. A Vaga Lume acredita na Literatura como forma de transformação pessoal e social.

Através do Programa Expedição Vaga Lume, 127 bibliotecas foram implantadas até julho de 2008 em comunidades rurais nos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. O objetivo é promover o acesso ao livro e a leitura e gerar organização comunitária fazendo da biblioteca um bem coletivo mantido e zelado pela comunidade com suporte da Vaga Lume.

Até 2007, sete instituições de São Paulo e 49 escolas em 6 municípios da Amazônia participaram da Rede dos Vaga-Lumes. A ação promove desde 2005 intercâmbio cultural entre as crianças da Amazônia e as crianças da Grande São Paulo a fim de gerar de forma lúdica a percepção da complexa realidade brasileira. Neste programa, semelhanças e diferenças são descobertas pelas crianças através da troca cultural que fortalecem as identidades, geram admiração pelas diferenças e autoconhecimento.

A Associação Vaga Lume através de seus programas, apoio de seus patrocinadores e parcerias com Secretarias de Educação e organizações de bases comunitárias, auxilia o desenvolvimento e preservação da maior floresta tropical do mundo. Investe no patrimônio humano com intercâmbios culturais e fortalece com educação e cultura as regiões remotas da Amazônia brasileira.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Crepes mexicanos com recheio de abacate

Receita usual na minha cozinha ou pelo menos na época do abacate, o recheio pode ser servido com o Rapidez (tortilha pronta), pão sírio ou qualquer pãozinho que tiver na casa, saladas, e por aí vai. Use a imaginação!

A receita completa leva mais ou menos 1h30 prá ficar pronta, só o recheio leva menos de 30 min, é muito rápido! Aproveitem, me parece que a época do abacate está acabando.


Ingredientes

50g de polenta amarela
60 g de farinha de trigo
¼ de colher de chá de fermento em pó
¼ de colher de chá de sal
1 colher de chá de açúcar
250 ml de leite magro
2 ovos
30 g de manteiga derretida
óleo
e sour cream, para servir


Recheio de abacate

1 abacate grande maduro
8 cebolinhas picados
2 tomates maduros, sem sementes e bem picados
1 colher de chá de molho de pimenta, ou a gosto
2 colheres de chá de sumo de limão
sal
pimenta


Preparo

1 – peneire a polenta, farinha, fermento, sal e açúcar em uma tigela. Misture e faça uma cova no centro. Bata no liquidificador o leite, os ovos e a manteiga. Junte tudo até obter uma massa homogênea. Cubra e deixe de repouso por 20 minutos.

2 – Para fazer o recheio: corte o abacate ao meio no sentido do comprimento, retire o caroço e ponha a poupa numa tigela. Esmague com um garfo, junte a cebolinha e misture bem com os tomates, molho de pimenta, sumo de limão, sal e pimenta. Leve à geladeira por 20 minutos.

3 – Unte uma frigideira com óleo; quando estiver quente, coloque a quantidade de massa suficiente para cobrir o fundo. Cozinhe em fogo médio dos dois lados até aloirar. Transfira para um prato, cubra com um pano e mantenha quente. Repita o processo com a massa restante, untando a frigideira quando necessário. Recheie os crepes e dobre-os, sirva com sour cream.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

A saga de conseguir um emprego na cultura em tempos de crise

Não que em outros tempos tivesse sido muito fácil, mas a situação agora é outra, os tempos são de crise na economia mundial, os tempos de reforma na principal Lei de Incentivo à Cultura e chegou o meu tempo profissional, mas ele está frio, gelado eu diria. A pergunta é: onde estão as oportunidades? (sem prostituição profissional, procuro oportunidades decentes e remuneradas)

Apesar de trabalhar com cultura a pelo menos 6 anos, sou uma profissional em início de carreira, prestes a completar 25 anos, o que mais fiz foram bons estágios, mas tenho uma experiência profissional relativamente longa em comunicação cultural em uma grande casa de espetáculos musicais. As experiências me renderam um bom currículo, mas não a garantia de um bom salário ou de pelo menos chances interessantes em tempos de crise.

Para continuar na área falo com amigos, faço pesquisas, envio e-mails todos os dias, faço pós-graduação e inglês, cumpro jornada à procura de empregos, checo TODOS os sites de emprego da internet, escrevo projetos, leio sobre cultura, escrevo nesse blog e mais perguntas vem à minha mente: poderei pagar um aluguel trabalhando com cultura?

Freelas são sempre bem vindo, mas o que me interessa é a CLT, eu gosto dessa Lei.

Meus interesses estão para as artes porque os meus princípios e ideais estão conectados com o desenvolvimento humano através da cultura. É bonito né? Eu não me canso, continuo e acredito que a cultura estará para mim, assim como eu estou para ela.

sábado, 13 de junho de 2009

Sopa campestre de abóbora e massa

Para aquecer os corações em dias frios.
1 hora no fogão e a receita fica pronta!

Ingredientes:

1 cebola grande
750 g de abóbora
2 batatas médias
1 colher de sopa de azeite
30g de manteiga
2 dentes de alho esmagados
3 litros de caldo de legumes (uso 2 tabletes de caldo de legumes)
125 g de massa miúda
1 colher de sopa de salsa fresca picada para servir (opcional)


Preparo:

1 – descasque e pique a cebola; descasque a abóbora e as batatas e corte em cubos. Aqueça o óleo e a manteiga numa panela grande, junte a cebola e o alho e deixa cozinha por 5 minutos em fogo baixo, mexendo.

2 – Junte a abóbora, as batatas e o caldo. Aumente o fogo, tampe e cozinhe por 10 minutos ou até os legumes estarem macios.

3 – Adicione a massa e cozinhe durante 5 minutos ou até a massa estar macia, mexendo de vez em quando. Sirva imediatamente. Se desejar ponha um pouco de salsa picada.

Bom apetite!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

A história do meu nome

Costumo dizer que nasci com nome artístico porque poucas pessoas nascem com um nome como o meu. Me chamo Chimeni porque Sophia Loren interpretou uma personagem com esse nome no filme “El Cid”, uma das primeiras super-produções do cinema, um clássico com produção italiana e americana que conta a história do mito espanhol que dá nome ao filme. Sempre encontro pessoas que ao me apresentar, mesmo sem contar a história relacionam o meu nome ao filme. A projeção do nome em mim dou exclusivamente à beleza de Sophia, a história da personagem Chimene tem muito sofrimento, prefiro me espelhar no encanto da atriz.


Sinopse de “El Cid”, de olho em Chimene

Em meio as batalhas entre mouros e cristãos pela conquista das terras espanholas, Chimene perde o pai, morto por seu noivo e é obrigada a casar com ele por protocolos da corte. Quando perdoa verdadeiramente o marido conhecido como El Cid, ele parte para salvar a Espanha em mais uma de suas batalhas. Dos poucos dias em que ficaram felizes juntos ela engravida, cria as filhas gêmeas sozinha em um convento, vai parar na masmorra com as crianças, consegue fugir para encontrar o Rodrigo, o El Cid, que continua batalhando pela Espanha. E no final do filme? Sim, eu vou contar: ele morre na batalha pela Espanha! Ela continua sozinha com as crianças. É uma tristeza só...