quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Cooperativismo como capital social


O cooperativismo faz parte da essência humana, no seu modo de ser, de viver e de agir diante das necessidades vitais. Através da história dos povos, os homens, que são seres eminentemente gregários, sentiram a necessidade da cooperação para melhor poderem assegurar a sua sobrevivência, prover a sua prosperidade e conquistar seus objetivos.

O cooperativismo moderno nasceu com a Revolução Industrial no século XIX a partir das necessidades dos povos mais pobres que migraram do campo para a cidade e começaram a enfrentaram extensas jornadas de trabalho em condições insalubres, onde mulheres e crianças se transformaram em mão de obra barata. Neste cenário começaram a surgir organizações dos trabalhadores como sindicatos, cooperativas de ajuda mútua, associações de operários e outras formas de arranjo a fim de reivindicar uma mudança social, política e econômica.

Assim, da necessidade e do desejo da classe trabalhadora de superar a miséria pelos seus próprios meios, através da ajuda mútua, começaram a surgir às cooperativas. Embasadas em ideais utópicos da corrente liberal socialista, filósofos ingleses e franceses fundaram os princípios e políticas de ação das cooperativas modernas, são elas: a idéia de associação e ênfase na união em atividades sociais e econômicas; a cooperação como força de ação emancipadora dos trabalhadores; a organização por iniciativa própria, onde o controle a administração devem ser democráticos e se auto-gerir.

Desde então as cooperativas se expandiram por todo o mundo, são milhares delas nas mais diversas áreas de atuação consolidando-se como uma das formas avançadas de organização da sociedade civil. Proporciona o desenvolvimento socioeconômico aos seus integrantes e à comunidade; resgata a cidadania através da participação, do exercício da democracia, da liberdade e autonomia, no processo de organização da economia e do trabalho.